segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Os Papas convocam à reconquista da Cidade Santa
– A perda de Jerusalém 5

São Bernardo de Claraval foi o ardoroso pregador da retomada das Cruzadas. Philippe de Champaigne, Saint-Etienne du Mont
São Bernardo de Claraval foi o ardoroso pregador da retomada das Cruzadas.
Philippe de Champaigne, Saint-Etienne du Mont



continuação do post anterior: Islâmicos comemoram invasão

O reino de Godofredo de Bouillon extinguiu-se, semelhante às frágeis criaturas deste mundo, que desaparecem de todo, quando Deus não vela mais por elas.

No entretanto, como então se estava persuadido de que a salvação da fé cristã e de que a mesma glória de Deus estavam ligadas à conservação de Jerusalém, a última conquista de Saladino, espalhou a consternação em todo o Ocidente.

A notícia chegou primeiro à Itália; o Papa Urbano III, que então estava em Ferrara, ficou tomado de profunda dor, e não sobreviveu a tão grande calamidade.

Todos os cristãos, esquecendo-se das próprias misérias só tiveram um único motivo de aflição e o nome da Cidade Santa voava de boca em boca, com gritos de desespero.

Deplorava-se em lúgubres cânticos o cativeiro do Rei de Jerusalém e de seus cavaleiros, a ruína das cidades cristãs do Oriente.

Padres levavam de cidade em cidade algumas imagens onde se via o Santo Sepulcro calcado sob as patas de cavalos e Jesus Cristo derrubado por Maomé.

Tão grandes desgraças tinham sido anunciadas ao mundo cristão por presságios sinistros. No dia em que Saladino entrara na Cidade Santa, diz Rigord, os monges de Argenteuil tinham visto a lua descer do céu para a terra e subir novamente para o céu.

Em várias igrejas, o crucifixo e várias imagens de santos tinham derramado lágrimas de sangue na presença de todos os fiéis.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cristãos formam milícias contra o Estado Islâmico

O australiano Reece Harding (direita)  faleceu combatendo contra o Estado Islâmico na Síria.
O australiano Reece Harding (direita)  faleceu combatendo contra o Estado Islâmico na Síria.



Magro, alto, com barba, terno preto, cabelo impecavelmente penteado, Matthew VanDyke deixou os EUA para ir organizar um exército de cristãos no Iraque e combater o Estado Islâmico.

E se tudo correr bem seguirá para a Líbia e a Nigéria. Ele diz ter também pedidos provenientes do Paquistão e das Filipinas.

Em 2015 VanDyke treinou por volta de 400 cristãos iraquianos para combater o IS (Estado Islâmico, siglas em inglês). Em janeiro e fevereiro foram por volta de 330. Todos eles são membros da Unidade de Proteção da Planície de Nínive (NPU, em inglês). Ele pretende criar “a melhor força de infantaria do Iraque”, escreveu o jornal El Mundo, de Madri.

Junto com VanDyke trabalham três tenentes-coronéis e pelo menos um Boina Verde dos EUA. Sua organização já recebeu centenas de candidaturas de voluntários ocidentais que querem ir lutar contra os fanáticos islâmicos no Iraque. Ele aceita apenas uma mínima parte.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Islâmicos comemoram invasão – A perda de Jerusalém 4




continuação do post anterior: Saladino ocupa a Cidade Santa

Depois que o povo cristão deixou a cidade conquistada, Saladino só se ocupou em celebrar seu triunfo.

Entrou em Jerusalém [em 2 de outubro de 1187] precedido por seus estandartes vitoriosos; um grande número de imanes, de doutores da lei, de embaixadores de vários príncipes muçulmanos, formavam-lhe o cortejo.

Todas as igrejas, exceto a do Santo Sepulcro, tinham sido convertidas em mesquitas. O sultão fez lavar com água de rosas, vinda de Damasco, as paredes do pavimento da mesquita de Ornar e lá colocou ele mesmo o púlpito construído por Nu al-din.

“Ouviu-se a voz dos que chamam para a oração, diz Emmad-Eddin; os sinos calaram-se. A fé exilada voltou ao seu asilo: os derviches, os devotos, os grandes, os pequenos, todos vieram adorar o Senhor. Do alto do púlpito elevou-se uma voz que advertiu os crentes do dia da ressurreição e do juízo final.”

Na primeira sexta-feira que fie seguiu à entrada do sultão em Jerusalém, o povo e o exército reuniram-se na principal mesquita; o chefe dos imanes subiu ao púlpito do profeta e agradeceu a Deus as vitórias de Saladino.

“Glória a Deus, disse ele, aos seus numerosos ouvintes; glória a Deus que fez triunfar o islamismo e quebrou o poder dos infiéis!

Louvai comigo ao Senhor que nos restituiu Jerusalém, a morada de Deus, a residência dos santos e dos profetas.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

De jovem moderno a terrorista suicida do Islã

Seifeddine Rezgui formado em informática e fã de breakdance provou as decadências de Ocidente e se jogou na suprema decadência suicida islâmica
Seifeddine Rezgui formado em informática e fã de breakdance provou as decadências de Ocidente
e se jogou na suprema decadência suicida islâmica



Seifeddine Rezgui foi um jovem estudante tunisiano de 23 anos como muitos outros, sendo conhecido pela sua paixão pelo breakdance. Porém, um dia ele apareceu vestindo roupas negras e abrindo fogo contra turistas numa praia, matando 38 deles.

Ele tinha obtido um master profissional no Instituto Superior de Estudos Tecnológicos (Iset) de Kairouan, no centro da Tunísia. E não era procurado pelos serviços de segurança do país, pois seu ambiente familiar era normal, explicou um porta-voz do ministério do Interior, citado pelo jornal Le Monde de Paris.

A súbita transformação de Seifeddine Rezgui em terrorista solitário admirador do Estado Islâmico surpreendeu sua família e sua cidade. A rede local El Hiwar Ettounsi perguntou: “Como é possível que um universitário diplomado passe de um jovem bem-sucedido nos estudos a um terrorista matador de inocentes?”

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Saladino ocupa a Cidade Santa – A perda de Jerusalém 3

Jerusalém medieval
Jerusalém medieval



continuação do post anterior: Saladino intimidado pela determinação dos defensores

A Rainha de Jerusalém acompanhada pelos barões e cavaleiros, vinha depois dele; Saladino respeitou-lhe a dor e dirigiu-lhe palavras cheias de bondade.

A princesa era seguida de um grande número de mulheres, que levavam nos braços os filhinhos e que soltavam gritos lancinantes. Muitas delas aproximaram-se do trono de Saladino:

“Vedes aos vossos pés, disseram elas, as esposas, as mães, as filhas dos guerreiros que retendes prisioneiros. Deixamos para sempre nossa pátria, que eles defenderam com glória; eles nos ajudam a suportar a vida; se os perdermos, perderemos nossa última esperança.

“Se vos dignardes no-los restituir, eles aliviarão as misérias de nosso exílio e não ficaremos mais sem amparo sobre a terra.”