segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Balduino I eleito rei de Jerusalém

Balduíno I,  rei de Jerusalém.
Balduíno I,  rei de Jerusalém.
Luis Dufaur


No ano de 1100, foi ao regresso da expedição [contra o emir Danisman], que ele recebeu os enviados de Jerusalém.

Estes, depois de lhe terem comunicado a morte de Godofredo, disseram-lhe que o povo cristão, o clero e os cavaleiros da cruz o tinham escolhido para reinar na cidade santa.

Balduino chorou ante a notícia da morte de seu irmão, mas consolou-se logo, ao pensamento de substitui-lo.

Cedeu o condado de Edessa ao primo Balduino de Bourg e sem perda de tempo, tomou o caminho de Jerusalém. Setecentos homens de armas, de infantaria, formavam seu pequeno exército.

A maior parte dos países que ele ia atravessar era ocupada por muçulmanos. Os emites de Damasco e de Emesa, avisados pelas notícias e talvez também por delatores, vieram esperá-los nas passagens difíceis que margeiam o mar da Fenícia.

Foulcher de Chartres, que acompanhava Balduino, descreve com singela simplicidade a situação perigosa dos cristãos nos desfiladeiros de Beirute, na embocadura do Lico; precisavam atravessar um vale estreito e profundo, dominado ao norte e ao sul por massas de rochedos; toda a praia estava coberta de muçulmanos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A morte do herói que conquistou Jerusalém

Morte de Godofredo de Bouillon. Museu de Versailles, Salle des croisades.
Morte de Godofredo de Bouillon. Museu de Versailles, Salle des croisades.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









Godofredo foi várias vezes em auxílio de Tancredo, que estava em guerra com os emires da Galileia.

O rei de Jerusalém levou suas armas vitoriosas além do Líbano, até os muros de Damasco; ele fez ao mesmo tempo várias outras incursões na Arábia, de onde voltava sempre com um grande número de escravos, cavalos e camelos.

Sua fama estendia-se cada vez mais: comparavam-no a Judas Macabeu pelo valor, a Sansão pela força de seu braço e a Salomão pela sabedoria de seus conselhos.

Os francos que haviam ficado com ele abençoavam seu reinado e sob sua dominação paterna, eles esqueciam até sua antiga pátria; os sírios, os gregos, os muçulmanos mesmo, estavam persuadidos de que com tão bom príncipe o poder cristão, no Oriente, não podia deixar de se firmar.

Mas Deus não permitiu que Godofredo vivesse bastante para terminar o que tinha tão gloriosamente começado.

No mês de junho de 1100, ele voltava de uma expedição além do Jordão; seguia a orla marítima e se dirigia a Jaffa, quando caiu doente.

O emir de Cesareia veio ao seu encontro e apresentou-lhe frutos da estação; Godofredo só pôde aceitar uma maçã de cedro. Chegando a Jaffa não tinha mais força para ficar a cavalo.

“Quatro de seus parentes o assistiam, diz uma crônica contemporânea: uns tratavam-lhe os pés, outros aqueciam-no, outros faziam-no encostar a cabeça ao seu peito, outros choravam e lamentavam-se temendo perder esse príncipe ilustre, num exílio longínquo.”

Um grande número de peregrinos de Veneza, com seu doge e seu bispo, havia acabado de chegar ao porto de Jaffa: ofereceram sua frota para ajudar os cristãos da Palestina a conquistar algumas cidades marítimas.

Godofredo de Bouillon, estátua em Bouillon, Bélgica. Na mão a inscrição: Dieu le veut! (Deus o quer!)
Godofredo de Bouillon, estátua em Bouillon, Bélgica.
Na mão a inscrição: Dieu le veut! (Deus o quer!)
Nas primeiras reuniões, falaram de sitiar Caifás, construída ao pé do Carmelo.

Godofredo ocupou-se ele mesmo com os preparativos do cerco e prometeu estar lá; mas sua doença aumentava cada vez mais e ele foi obrigado a se fazer levar em liteira a Jerusalém.

Todo o povo chorava à sua passagem e corria às igrejas para pedir a Deus a sua cura. Godofredo ficou enfermo durante cinco semanas.

Embora consumido pelo sofrimento, ele admitia junto de si, a todos os que lhe queriam falar dos interesses da terra santa; soube no seu leito de dor da queda de Caifás; foi sua última vitória, sua última alegria nesta vida.

Como a doença era cada vez mais grave e não deixava esperanças, o generoso atleta de Cristo confessou seus pecados, recebeu a comunhão e revestido do escudo espiritual, (são expressões das crônicas do tempo) foi arrebatado à luz deste mundo.

Godofredo exalou seu último suspiro a 17 de julho do ano 1100, um ano depois da tomada de Jerusalém.

Alguns historiadores deram-lhe o título de rei, outros o chamaram de duque cristianíssimo.

No reino que tinha fundado, ele era frequentemente proposto como modelo aos príncipes e aos guerreiros, seu nome lembra ainda hoje as virtudes de tempos heroicos e deve viver entre os homens tanto quanto a lembrança das cruzadas.

Foi sepultado ao pé do Calvário. Seu túmulo e o de seu irmão Balduino foram durante vários séculos um dos ornamentos do santo templo.

Mas, na geração presente esse precioso monumento das guerras sagradas desapareceu pela inveja dos gregos e dos armênios.

Quando em 1830 eu pedi para ver esses dois túmulos, só me mostraram um muro espesso, de tijolos de que estavam recobertos e que os ocultavam à vista dos viajantes e dos peregrinos.

(Autor: Joseph-François Michaud, “História das Cruzadas”, vol. II, Editora das Américas, São Paulo, 1956. Tradução brasileira do Pe. Vicente Pedroso, páginas 90 ss).


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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

São Tomás de Aquino: no islamismo acreditaram homens animalizados,
ignorantes da doutrina divina,
que obrigaram os outros pela violência das armas

São Tomás de Aquino, apoiado em Platão e Aristotes, esmaga Averroes, 'sábio' maometano
São Tomás de Aquino, apoiado em Platão e Aristóteles,
esmaga Averroes, 'sábio' maometano
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




O que achar do islamismo e de seus prosélitos? Como interpretar os crimes que estão praticando contra os cristãos, sua adesão ao Corão (Livro) de Maomé, e as tentativas de diálogo e ecumenismo com eles?

São Tomás nos ensina com a concisão e a sabedoria do maior mestre e Doutor da doutrina e do método de pensamento da Igreja Católica:
“Tão maravilhosa conversão do mundo para a fé cristã é de tal modo certíssimo indício dos sinais havidos no passado, que eles não precisaram ser reiterados no futuro, visto que os seus efeitos os evidenciavam.

“Seria realmente o maior dos sinais miraculosos se o mundo tivesse sido induzido, sem aqueles maravilhosos sinais, por homens rudes e vulgares, a crer em verdades tão elevadas, a realizar coisas tão difíceis e a desprezar bens tão valiosos.

“Mas ainda: em nossos dias Deus, por meio dos seus santos, não cessa de operar milagres para confirmação da fé.